SLU inaugurou o piloto do modelo criado especialmente para prédios residenciais. A iniciativa promove a destinação adequada para resíduos orgânicos na sua origem
ASCOM SLU
O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) inaugurou, na quinta-feira (19), a composteira-piloto que servirá como modelo para a reciclagem de orgânicos em média escala. O projeto foi construído no terreno da Usina de Tratamento Mecânico Biológico (UTMB) do P Sul, referência em compostagem no Brasil.
Composteira é um local adequado para o depósito e reaproveitamento dos resíduos orgânicos (restos de comida, folhas, borras de café, entre outros). O modelo inaugurado na usina foi idealizado por técnicos do SLU e construído para poder ser replicado em condomínios horizontais e verticais do Distrito Federal.
“Já fazemos o minhocário, que é uma proposta de pequena escala. Já fazemos há 36 anos a compostagem em larga escala, na usina. E essa aqui é uma proposta em média escala para conseguir tratar o resíduo residencial no mesmo local onde foi gerado. Fizemos um passo a passo para a construção dessa composteira que está disponível no site do SLU”, disse a idealizadora do projeto, assessora especial do SLU, Mayara Menezes.
A gerente de implementação da Política de Resíduos Sólidos da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Maria Fernanda Teixeira, ressalta a importância dessa iniciativa: “A gente tem uma lei distrital que obriga a compostagem dos orgânicos aqui no DF e estamos trabalhando para sua regulamentação e formas de disseminar essa prática.”
Segundo a gerente, “não adianta estar regulamentado e as pessoas não saberem como fazer, acharem que é muito complicado, que custa muito dinheiro, que demanda muito tempo e esforço”. “Então acho que uma iniciativa dessa, que já entrega isso pronto para a comunidade saber como montar uma composteira, como operar, mostra que isso é fácil e possível”, disse.
Para o diretor-presidente do SLU, Silvio Vieira, são três coisas importantes que o morador de condomínio vai poder fazer adotando o equipamento. A primeira é a questão ambiental. “Até porque a maior parte dos resíduos que vai para o aterro sanitário vai embalado em saquinhos plásticos, diminuindo sua vida útil e, obviamente, trazendo prejuízo para o meio ambiente”, explica.
A segunda coisa, ele afirma, é a questão econômica, “pois o cidadão vai economizar e ainda ter um adubo de boa qualidade”. E a terceira é com relação à Lei nº 6.518 de 2020, que torna obrigatória a compostagem. “Portanto, precisamos regularizar essa lei o mais rápido possível e, com esse projeto, o SLU vai poder exigir um pouco mais dos condomínios”, conclui Silvio Vieira.
Quem também foi conhecer de perto a iniciativa foi o vice-presidente do Instituto Lixo Zero, Kadmo Côrtes. “A fração orgânica aqui do Distrito Federal representa em média 50% de tudo que a gente gera no nosso dia a dia, então quero parabenizar o SLU e sua equipe”, disse.
“É muito bacana ver essa política pública sendo implementada através de um modelo que foi desenvolvido aqui por engenheiros ambientais de Brasília e mostrar para os síndicos e gestores de condomínios que isso não é muito difícil e que a gente precisa tratar dessa fração orgânica”, acrescentou Kadmo Côrtes.
Confira um tutorial em vídeo para construção e implementação de unidade de compostagem a partir da unidade modelo de composteira de orgânicos para condomínios.
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