Iniciativa é do SLU, que assinou um termo de cooperação com a Secretaria de Educação, e conta com a parceria da Agência de Cooperação do governo japonês
São muitos os resíduos produzidos diariamente em uma escola. Papeis usados, restos de comida das merendas, plásticos e outros materiais de uso cotidiano que muitas vezes vão para o lixo sem nenhum tipo de separação. Para tentar mudar essa realidade, técnicos do Serviço de Limpeza Urbana do DF (SLU) elaboraram um projeto piloto para tornar uma escola do DF um modelo de lixo zero, ou seja, que faz a correta separação e reaproveitamento dos seus resíduos, diminuindo ao máximo a geração e o envio desses materiais para o aterro sanitário.
Para execução do projeto, o SLU assinou um termo de cooperação com a secretaria de Educação do DF e conta com a parceria da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), que vai doar todo o material necessário para implantar as ações. A escola que irá receber o projeto é o Centro Educacional Agrourbano Ipê, localizado no Riacho Fundo II, que já desenvolve várias iniciativas sustentáveis, como a horta orgânica e o reaproveitamento de águas da chuva.
Janaína Trindade visitou escola para dar início à execução do projeto piloto
De acordo com a assessora do SLU, Janaína Trindade, a ideia do projeto surgiu depois de uma ida dela e de outro engenheiro ao Japão, em 2017, para participarem de um curso na área de resíduos sólidos, numa parceria que existe entre a JICA e o SLU. A participação dos servidores foi financiada pelo governo japonês e, para sua conclusão, eles precisaram apresentar um Plano de Ações. O trabalho foi justamente voltado para um projeto de lixo zero nas escolas. A iniciativa foi tão bem aceita pela agência de cooperação, que foi proposta a parceria pioneira para tornar o plano uma ação concreta no DF, formalizando então a primeira parceria entre a agência e o Governo do Distrito Federal.
“Temos várias ações previstas, como visita dos professores às instalações do SLU, como o aterro sanitário de Brasília, para sensibilização sobre esse tema, com apresentações de teatro, do museu itinerante e concurso de melhor história em quadrinhos entre os estudantes. Tivemos apoio da escola, dos professores e alunos para falar desse tema fundamental para toda sociedade”, declarou a assessora.
Além da educação ambiental, o projeto vai auxiliar a escola na gestão dos resíduos. Atualmente, existe um espaço para separação dos recicláveis, mas o local precisa de reparos e adequações para funcionar. Além disso, a ideia é melhorar o trabalho de compostagem dos resíduos orgânicos para atender e até ampliar a horta construída no local. “Com a separação adequada, a escola poderá até vender o material para cooperativas de reciclagem e se beneficiar com os recursos”, explicou Janaína.
Para a vice-diretora da escola, Gedilene Lustosa, a expectativa é grande para início do projeto, já a partir desse mês de fevereiro. “Desde 2018 a gente trabalha com uma proposta de reduzir a quantidade de plásticos e descartáveis na escola. E a expectativa agora é avançar muito nessa questão, refletindo não apenas sobre a separação dos resíduos, mas também sobre a questão do consumo consciente. Queremos levar essa mensagem para nossas crianças e jovens, para que eles propaguem essa reflexão para toda a comunidade”, declarou a educadora.
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