Estudo ajudará na elaboração de planos distritais e no planejamento de ações
Resíduos da coleta convencional e seletiva em Brasília são separados e pesados, cerca de cinco vezes por semana, desde 20 de setembro. Feito por trabalhadores de cooperativas, o serviço culminará em estudo para ajudar na elaboração, pelo governo, dos Planos Distritais de Saneamento Básico e de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
Os trabalhos ocorrem em unidades do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) em Ceilândia, no Gama, no Plano Piloto e em Sobradinho. A frequência semanal varia de acordo com a região administrativa e com as rotas dos caminhões de coleta. Cada localidade será analisada duas vezes.
Os resíduos passam por pesagem assim que chegam às unidades. O material é espalhado com a ajuda de maquinário e separado em quatro partes. Uma amostra, contendo aproximadamente 1 metro cúbico, é escolhida para análise.
São duas etapas de classificação. Na primeira, a separação ocorre em papéis, plásticos, metais, vidros, pilhas e baterias, orgânicos e rejeitos. Na segunda triagem, a classificação é feita segundo o material, por exemplo: papel branco, papelão ondulado, alumínio, resíduos alimentares e garrafas PET.
A responsável pelo estudo é a empresa Serenco Serviços de Engenharia Consultiva, vencedora da concorrência lançada pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa-DF) em 2015. Em abril deste ano, o governo assinou contrato para consultoria especializada que apoiará na elaboração dos planos.
O levantamento ajudará em outras questões. “É importante para saber qual é caraterística do resíduo produzido em cada região. Também permite melhorar o planejamento da logística de caminhões, da coleta e do tratamento”, destaca o diretor-técnico do SLU, Paulo Celso dos Reis. Estudo semelhante foi feito pela autarquia em 2015, mas apenas em 16 regiões administrativas.
Os cooperados que fazem a separação foram contratados pela Serenco, e o trabalho é acompanhado por representantes de cooperativa, do SLU e da empresa.
Os documentos estão previstos nas Leis Federais nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, e nº 12.305, de 2010. O de saneamento básico auxiliará o poder público no planejamento para soluções de curto, médio e longo prazos para o abastecimento de água, o esgotamento sanitário, os resíduos sólidos e a drenagem urbana.
Já o de gestão integrada de resíduos sólidos, de acordo com Paulo Celso dos Reis, trata de maneira mais detalhada a questão. “Ele abrange todo tipo de resíduo, como hospitalar, domiciliar, privado, da construção civil, perigoso e químico. É como se, em um, tivéssemos visão panorâmica e, no outro, detalhada”, explica.
O DF conta com um plano diretor de resíduos sólidos publicado em 2008, que, segundo o diretor-técnico, não previa questões como a inclusão socioprodutiva de catadores. O novo plano traz atualizações e contempla diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
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